Jaya Magalhães: a arte de tocar as pessoas por meio das palavras

Texto: Camila Heloíse | @camilaheloiseescritora

“A escrita foi me absorvendo com o passar das horas, de modo que cheguei a um momento onde não dava mais para esconder: era o que eu era. O que sou”.  

A fala é de Jaya Magalhães, direto da Bahia, acertando em cheio o coração da gente aonde quer que estejamos nesse mundão.

Escrever sobre Jaya, escritora autora de Líricas e de Bem Ditas Cartas é como saltar de paraquedas. Você quer muito essa aventura, mas ela também te dá medo. Posso imaginá-la sentada em um banco de madeira na varanda olhando o horizonte, falando sobre sua história e fazendo pausas apaixonantes que não dá vontade de interromper, porque até mesmo no silêncio dela, deve haver poesia. “Por que você escreve?”- pergunto. “Porque é a coisa mais natural que sei fazer. Porque a palavra é como se fosse a extensão do que sou. Porque me cura. E, sobretudo, porque não sei desenhar” – ela responde.

Coloquei então Skap, canção de Zeca Baleiro para tocar enquanto escrevia. Não a conhecia (a canção), mas é a música preferida da Jaya. E a sensibilidade e poesia contidas na canção, faz compreender porque é a sua favorita.

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